Mais uma vez, retomando a nossa conversa!
Mães

Mais uma vez, retomando a nossa conversa!


Oi gente!

Eu sei que tenho sido uma péssima companhia nessas nossas conversas. Ora escrevo por uma semana seguida, ora dou uma sumida. É que eu vivo a vida em todos os seus momentos e há alguns deles que por força das circunstancias da vida me exigem parar tudo. Gosto deles! Eu confesso…

O que mais gosto em ser mãe é que tem seus momentos surpreendentes. Muitas vezes são difíceis, outras horas são bons por demais pra deixar passar. Eu não sei se isso ocorre com outros pais e mães, mas há dias em que você é surpreendida por um banho de amor no seu cérebro e tem vontade de só apertar e abraçar as coisas fofas!


Esta semana eu estava pensando que, embora tenhamos um elo com nossos filhos desde o nascimento, parece que o amor se fortalece nos cuidados diários. É por isso que amar é mais que sentimentos e  afeto. Ele se alimenta do cuidado e da ação, mesmo quando esta não é agradável. Tenho aprendido que se você esperar amar sua família com base em seus sentimentos, vai logo fracassar. Se você começar a agir com o coração aberto para eles, mesmo quando queria estar debaixo das cobertas, há uma forte chance de que se implante o amor. O amor nasce do gesto!
Estava pensando em mães que acabaram de ter seus bebês e que por conta do caos que se instala nos primeiros dias têm a sensação que não dão conta ou que ser mãe é pesado demais. Sim, você pode desenvolver leveza no cuidado com os filhos, mas há sempre aquelas tarefas que nem sempre são gratas. No entanto, parece que elas tornam o amor mais forte. Comigo é assim! Você descobre que limpar o bumbum sujo não é só isso. É uma boa hora pra conversar com  a pequena e ver aquele sorriso faltoso, como diz meu marido, e aquele balbucio que dá gosto ao cuidado. Você começa a desenvolver um ritmo só seu com seu filho ou filha e nasce a cumplicidade do olhar, das trocas, do ritmo comum, do conhecimento mutuo. Sim, porque não somos só nós que os conhecemos; aos poucos, eles também passam a nos conhecer.  Na hora do banho, aquelas batidinhas na água molhando sua cara e a risada gostosa fazem você ver quão bela a vida pode ser em momentos tão fugazes. No caso da minha, o apetite e alegria ao ver o pratinho com aquela papinha caseira feita na correria, mas com carinho, dão o tempero à correria do dia . A cumplicidade com o irmão e aquela comunicação que só eles sabem desenvolver fazem você parar e assistir como se fosse um filme profundo e empolgante. Uma vez eu li um texto em que o autor dizia pra desligar a TV e assistir ao seu bebê, pra mim  há horas em que faz todo sentido. Dia desses, confesso, acordei de mau humor de tanto sono, mas quando peguei minha Bia que gritava no berço correndo o risco de acordar o irmão que divide com ela o quarto, eu vi aquele sorriso lindo, as duas mãozinhas pra cima me chamando e quando a peguei não tive como não entrar na festa que ela iniciou.

Então, tem por aqui  um pequeno na primeira infância que está descobrindo tantas coisas e você acompanha. Cadastra insetos, procura vídeos de baleias e peixes, faz cabanas na sala com as almofadas decorativas, improvisa uma savana africana em que você é uma leoa imaginaria  e brinca de pique-esconde e pega-pega com ele com a bebê nos braços. A cada nova conquista dele, que torna palpável seu desenvolvimento, você inevitavelmente nota que seu menino está crescendo…se sente velha, mas também feliz e ao mesmo tempo saudosa de outros tempos em que ele era só um bebê engatinhando pela sala e achando tudo que você não quer que ele ache. Desculpem-me se olho pra tudo com um enviesamento romântico, mas é que não são só as gripes, as adenóides, e a correria que me faz esquecer o mundo lá fora. Tem momentos aqui dentro tão corridos e tão sublimes que eu não consigo parar e escrever, apesar de gostar muito desta atividade e dela me dar um momento comigo mesma. Tem tanta vida a ser vivida com os meus, tantos momentos singelos em sua beleza pura que eu esqueço que tem um mundo lá fora.

Tem tempos que eu paro porque a correria, as doenças, os aperreios (dito num bom linguajar da minha terra) me param, semana passada foi assim, com as crianças doentes. Mas há horas que sou parada pelo amor e pela alegria de habitar em família e de ter dois lindos filhos e um marido que amo e não quero perder de vista, nem deixar de viver com eles para viver olhando a vida alheia ou o que ocorre pelo mundo. Não vou ser hipócrita, tem semana que você ora pra que passe, tem dia que parece que  é pesado, mas tem umas horas que me fazem parar só pra olhar a beleza da vida. Esta semana foi bem assim…hoje resolvi tirar a poeira do teclado e voltar a ativa. Estou preparando novos posts para partilhar  por aqui. Com a graça de Deus, espero voltar em breve!




Um abraço a todos,
Ana



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