Já no prólogo, Moehringer afirma: “Sendo apenas uma criança, abandonado pelo meu pai, eu precisava de uma família, um lar e homens. Especialmente homens. Precisava de homens como mentores, heróis, modelos de comportamento, e como uma espécie de contrapeso masculino para minha mãe, minha avó, minha tia e as cinco primas com quem vivia”.
Nesse desabafo do autor, para a ausência de seu pai, Moehringer aponta quatro características que todo pai deve cultivar na vida dos filhos.
Ser mentor. Um mentor é aquele que nos guia, que nos ensina e que nos aconselha, que tem livre acesso à nossa vida. Pais que desejam marcar a vida de seus filhos devem ser mentores. Para ser mentor é preciso conquistar a confiança do filho e com amor, segurando suas mãos, guiá-lo pelos caminhos retos e seguros.
Ser herói. Heróis são aqueles guiados por ideais nobres e altruístas. São aqueles que expõem suas vidas em favor da liberdade, da fraternidade, da justiça, da moral e da paz. Filhos felizes são aqueles que têm seus pais heróis, que cultivam os ideais acima. As crianças não desejam, em primeiro lugar, os heróis dos desenhos animados, dos filmes e do futebol. Em primeiro eles querem que seus pais seus heróis.
Ser modelo de comportamento. Um exemplo. A vontade de Deus é que os pais sirvam de exemplos positivos para seus filhos. Toda criança deseja um pai que sirva-lhe de parâmetro positivo para o resto de sua vida. Que exemplo você está dando ao seu filho? Exemplo de honestidade, de justiça, de temor a Deus?
Por último, nossos filhos desejam viver numa sociedade que aja um contrapeso masculino num mundo de mulheres. Quando penso nessa necessidade, logo vem á minha mente o lar em que Jesus nasceu. Na sua vida havia a presença de Maria, mas Deus lhe providenciou um homem, um pai (adotivo), um homem chamado José. Toda criança precisa de um referencial positivo de homem, de masculidade, de hombridade.
Nesse sentido nossas igrejas podem dar uma grande contribuição. Como? Incentivando e capacitando homens para que se envolvam no ministério infantil, seja no berçário como nas classes de crianças. Muitas das crianças que freqüentam as igrejas carecem de uma presença positiva de homens em seus lares.
Seja para seu filho ou neto um mentor, um herói, um modelo de comportamento e um contrapeso masculino num mundo onde a presença feminina tem sobressaído. A questão, vale ressaltar, não é propriamente a presença forte das mulheres, mas omissão quase completa do homem.
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Por: Gilson Bifano
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